La France!!

Carissíssimos:

As férias, ou pelo menos o ritmo mais lentinho de trabalho, estão a acabar... Os conselheiros já regressaram, já vemos as fortes nuvens cerradas que se formam à nossa frente! São as nuvens da Presidência, agora é que vai ser a doer! Vamos a isso...

Felizmente, todos tivemos umas férias. Mais pequenas, no meu caso, mas óptimas e que serviram para retemperar forças – se fossem sempre assim não me importava nada. Consegui ir para fora lá fora: fui no último fim-de-semana à Suiça, ter com um amigo meu, que também está a estagiar, lá no CERN. Felizmente vive do lado Francês, e tive a sorte de ir ter com uns primos deles praticantes de parapente.

Conto-vos isto porque é uma experiência verdadeiramente única. A calma e o silêncio são totais, só o vento a bater-nos na cara e uma perspectiva de tirar a respiração. Voa suavemente, mas também se mexe bem se pedirmos - ainda dá para pensar por instantes "ok, é desta que vou cair e esborrachar-me todo no chão". Mas quando se ganha confiança no instrutor é só aproveitar ao máximo.

Aos que não fizeram aconselho vivamente, aos que tiveram sorte e já fizeram vamos combinar e fazer mais! Talvez a Bélgica não seja, como em tantas outras coisas, o país mais indicado para este desporto.

Mas agora indo directo ao título do post: tendo ficado um dia no lado francês, instalado numa encosta sobranceira ao Monte Branco, numa aldeia impecável, com tudo o que era necessário e mais, não pude deixar de pensar que, se a vida de professores reformados era assim (os pais dos tais primos do tal meu amigo), quem me dera viver na tão falada "crise" francesa. E imaginar como seria a vida depois da "crise".

Depois encontrei dois artigos bastante interessantes e que parecem dar uma imagem bastante fiel da França hoje em dia e das ideias que os próprios fazem dela. Numa, a França a pensar que ainda tem um papel mundial a desempenhar, nas palavras de um Ministro socialista. Noutra, uma boa explicação para aqueles que pensam que o Sarkozy vai mudar alguma coisa de fundo.

Dito isto, não devem existir muitos lugares no mundo para viver tão bons como na França, sobretudo no campo (obrigado PAC!!). A questão não é crise nenhuma, mas o já velho conhecido problema dos gauleses apenas olharem para o seu umbigo.

Spiff